quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Aspirações. Apenas aspirações.

Hoje cheguei à constatação de que sou insuficiente. Não por falta de capacidade ou de possibilidade e sim por falta de controle pessoal das variáveis razão e emoção.

Tentei aprender a tocar violão e até hoje - 8 anos depois - ainda toco as primeiras cinco músicas que aprendi no início dessa empreitada. Era um ótimo jogador de futebol - de verdade mesmo! - e quando conheci o skate nunca mais joguei futebol direito, pois me dedicava integralmente ao skate. Vivi intensamente o skate até ficar ambicioso demais e canalizar todo o meu tempo trabalhando, já que havia enxergado a possibilidade comprar o carro que tanto sonhava em possuir. E quando o comprei o que vocês acham que aconteceu!? Nunca o cuidei e o valorizei e hoje ele está aí, não é nem a metade do que era há um ano atrás.

Isso tudo me prova que sou insuficiente! Tendo em vista que consigo atingir tudo que quero e que almejo, mas depois de alcançar coisas tão sonhadas eu simplesmente passo a desejar louca e intensamente outra coisa maior e mais impossível que meu último feito. Isso gera uma eterna insatisfação pessoal porque parece que nada sana essa necessidade de querer e querer e querer. Foda isso!

Queria realmente sossegar, aceitar uma situação e regozijar dela por grandes períodos. Me sentir pleno e suficiente. E na verdade só me sinto cada vez mais insuficiente pros sonhos impossíveis (que acabo realizando com o passar do tempo) que tenho.

Acho que com o passar dos anos e com a chegada da maturidade isso passa. É nisso que aposto. É nisso que acredito, pois não quero querer eternamente e nunca me sentir pleno com as coisas que tenho.

Agora, com o sonho de ser dono do meu próprio escritório contábil se realizando, vamos torcer para que enfim eu atinja a plenitude, pelo menos por um grande espaço de tempo.

Preciso esquecer de querer e aprender a gostar de possuir.

Patrick.

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