segunda-feira, 20 de abril de 2015

The Time Flies...

Há menos de um mês de completar 27 anos e sinto o tempo passar tão rápido. Hoje tenho uma filha linda, esperta, super ativa. Um emprego onde estou bem colocado, sou parte da máquina capitalista sim, mas no meu ritmo, do meu jeito. Isso é muito gratificante, pois sempre luto para não sucumbir às vontades sociais, luto para manter meus ideias (mesmo que necessitando adaptá-los à vida adulta).

Os amores vão se acumulando, atropelando uns aos outros. São tantas emoções, tantas coisas vividas - nesses curtos 27 anos - que há dúvida se algo ainda vai me surpreender, vai me tirar o sono, vai me deixar desorientado e ao mesmo tempo enlouquecido. Seria interessante viver algo assim. Todas as tentativas que fiz não deram muito certo. Como sempre me aproximo de mulheres com personalidades fortes, a tendência é viver relações muito intensas e isso, quando não dá certo, me faz pensar o que de fato é o certo a se fazer. O problema, já sei, sou eu. Um inquieto, insatisfeito, inconstante com o que quero e irredutível com algumas verdades quase que absolutas.

Sou uma contradição em termos. Aos 27 anos ainda tenho a mesma mentalidade que tinha aos 16. Não sei se era maduro demais quando jovem ou se sou imaturo quando adulto. Não sei mesmo. Não consigo definir as variáveis corretas dessa fórmula. Vejo o mundo com os olhos de criança para algumas situações e com a objetividade de um psicopata para outras. Isso é foda! Não se ter os parâmetros de si próprio. 

Vivi paixões mágicas e inesquecíveis. Todas acabaram. Viraram lembranças boas de recordar. Hoje estou só. Estar só é muito estranho pra mim, ainda que esteja gostando muito dessa fase onde só existem Eu e a minha Estrelinha. Sem brigas, sem gritos, sem estresses, sem limitações, sem lutas por controle e sobre dominar ao outro. Sem ter que me preocupar com nada além da Lara.

Sobre o amanhã? Não sei mesmo. Só espero que a vida ainda possa me surpreender com coisas boas e emocionantes. Quero viver até os 100 anos sentindo a vida, me emocionando, queimando energia vital com coisas boas. É um desafio diário não virar uma engrenagem nesta grande máquina que é a vida. Podemos muito mais do que nascer, crescer, reproduzir e morrer. É isso que espero da vida. É isso que espero do amanhã. 

"Eu espero sempre mais."

Estou escutando Teatro dos Vampiros. Essa música é impressionante e objetiva com precisão minha vida adulta. O Renato era muito foda!

O passar do tempo sempre será, pra mim, objeto de filosofia barata. Sou um entusiasta da vida e é muito bom, às vezes, apenas olhar pra ela, ficar sentado num banquinho verde de uma praça, embaixo de uma árvore, olhando os carros passarem, um grande muro, crianças correndo, cachorros fazendo cocô e seus donos com aquelas sacolinhas nojentas, maconheiros queimando um, casaizinhos aos beijinhos e um ou outro bêbado atirado ali, sem nem saber de onde veio ou pra onde vai. Cenas da vida real, do mundo real. Cenas que ficam ali, num banquinho verde em uma praça qualquer.

"Eu homem feito, tive medo e não conseguir dormir."

Grato pela leitura,

Patrick da Rocha Oliveira Antunes.
















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