quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Porquês, ah! e os Porquês...

Hoje é dia 12/02/2016 e ainda me pergunto por que escrevo? Aos 27 anos de idade, pai de uma menininha linda chamada Lara (que está com 1 ano e 10 meses completados ontem), ainda na faculdade de Ciências Contábeis, ainda apaixonado por música e skateboard.

Receoso por tatuar todo o braço esquerdo (que as sessões já estão marcadas para esse mês - agora vai - e com o desenho que eu quero), receoso pelos planos de morar no Centro de POA na volta às aulas, receoso pela forma como a Verônica pode se posicionar na próxima audiência, me obrigando a brigar pela guarda da Lara ao invés de nos unirmos para criá-la da melhor forma possível.

Se eu fosse arriscar dizer porque escrevo, começaria com a hipótese da exteriorização desses milhões de pensamentos que ecoam na minha cabeça diariamente e ininterruptamente. Minha inquietude está se mostrando prejudicial, pois ela me deixa ansioso e eu acabo tomando muitas decisões não pensadas. 

Entendo que nossa vida é como uma pizza composta de vários fatores que precisam ser cuidados individualmente; família, saúde, carreira, esportes, amigos, sonhos, insatisfações, dentre outros. Várias "fatias da pizza" da minha vida já estão encaminhadas mais cedo do que imaginei: Sou Pai, estabilizado profissionalmente com possibilidade de evolução a curto prazo, me graduando para poder virar Professor antes dos 35 (com sorte), sigo com skate regularmente e família à minha volta. Relação com a Lara foi meio conturbada nos últimos meses, mas nas últimas semanas deu uma normalizada e eu torço para que as coisas sigam assim. 

Então? Por que escrevo? Confesso que hoje sou alguém que não sente saudade de ninguém com quem tenha vivido algum relacionamento amoroso. Hoje sou alguém que não sente medo de viver ou das situações da vida, não sente receio de ter escolhido uma vida errada ou um caminho errado a se seguir. Eu nasci pobre, muito pobre, num bairro onde a maioria nunca saiu da vida de subsistência. Hoje tenho perspectiva, possibilidades, sonhos grandes no âmbito profissional.

Há vezes que a liberdade da vida de solteiro é ótima, mas isso onera uma solidão bem difícil também. Há vezes que se quer alguém para amar e dividir algo especial, mas também a adrenalina que a vida de solteiro proporciona em alguns momentos é viciante. Costumo dizer que a vida de solteiro viabiliza a possibilidade infinita, isto é, nunca estamos em uma situação estática, limitada. Sempre podemos recomeçar. 

Enfim, não consigo encontrar os motivos pelos quais escrevo, só sei que quando escrevo me sinto bem, leve, com os pensamentos mais organizados e acredito que isso, no momento de vida que estou vivendo, é crucial para saber quais os próximos passos que devo dar.

Boa noite, obrigado pela leitura.

Patrick.



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